GERALDO SAI DO PSDB

Em clima de nostalgia, o ex-senador Geraldo Melo, nesta sexta-feira (3), anunciou a sua desfiliação ao PSDB e que irá para o PPS.

O agora ex-presidente tucano no estado argumentou que os motivos para a sua saída foram as disputas internas dentro da legenda, mas garantiu que irá trabalhar pela eleição do candidato do PSDB à Presidência da República.

Argumentando que “pequenos episódios locais” relacionados à sua sucessão no comando da legenda motivaram sua desfiliação, Geraldo disse que não queria indicar ninguém para disputar o comando do partido com o deputado federal Rogério Marinho por achar a questão de pouca importância.“Fiz isso no passado, quando me envolvia com grêmio literário de colégio.

Com a história política que eu tenho, não tenho condições de me envolver numa disputa como essa, apesar de considerar que a direção de um partido é algo importante sim”, disse Geraldo, argumentado, ainda, que poderia atrapalhar a condução de Rogério ao comando da legenda. “Os delegados que votarão na convenção foram indicados há dois anos. Se eu tivesse interesse, poderia fazer uma traquinagem”, disse o ex-senador.

Explicando os motivos pela escolha do PPS como seu novo destino, Geraldo negou que a opção tenha sido motivada para manter cargos do PSDB no estado. De acordo com o ex-senador, os cargos que filiados da legenda ocupam não tem interferência do partido. “O PSDB não tem cargos. Tem duas pessoas que estão no Governo que são filiadas. Estão em seus cargos não por indicação ou reivindicação do PSDB.

Sou pequeno de tamanho, mas tenho envergadura política suficiente para não tomar uma decisão de mudar de partido para garantir o emprego de quem quer que seja”, disparou.O ex-senador confirmou que foi convidado pelo deputado Wober Júnior (PPS) para assumir o comando da legenda no estado, contudo, Geraldo disse que vai permanecer apenas como filiado para a disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados.

No entendimento de Geraldo, a escolha pelo PPS, que é uma legenda pertencente à base de apoio à governadora Wilma de Faria, confirma que ele manteve a posição política adotada desde a eleição de 2006, quando apoiou a governadora no segundo turno.“É um partido muito próximo do PSDB, em todos os aspectos, e comprometido tanto quanto eu na eleição do candidato do PSDB à Presidência da República.

É uma atitude que pode ter todos os efeitos que vocês quiserem dizer, mas eu não mudei de posição”, garantiu Geraldo.

O futuro membro do PPS também negou que, da parte dele, houvesse algum atrito com o deputado Rogério Marinho.

“Da minha parte, não tem nenhum atrito. Tivemos apenas uma divergência. Mas temos que reconhecer que ele (Rogério Marinho) é um cara organizado, obstinado e que com certeza vai fazer um grande trabalho no PSDB.

E, sinceramente, torço por isso”, declarou o ex-senador.ExecutivaGeraldo Melo não confirmou se os demais membros da executiva estadual do PSDB também irão deixar a legenda.

O ex-senador disse que não houve nenhuma confirmação a esse respeito, mas o secretário geral do partido, Chagas Lourenço, afirmou que deixará o posto.