quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sócio de Marcos Valério é o primeiro condenado do esquema do mensalão

Brasília - O advogado Rogério Lanza Tolentino é o primeiro condenado por envolvimento no chamado mensalão, um esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio político denunciado em 2005. Apontado como sócio da empresa SMP&B Comunicação, do publicitario Marcos Valério, Tolentino foi condenado pela Justiça Federal a sete anos e quatro meses de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por crime de lavagem de dinheiro.

A Justiça determinou também a perda dos bens já sequestrados em 2008 e a proibição do exercício de cargo ou função pública por cerca de 15 anos. A denúncia, feita pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais, resultou da apuração do inquérito do mensalão.

O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, referiu-se a Tolentino como “verdadeiro braço direito de Marcos Valério, acompanhando-o em reuniões com outros acusados, indo à sede de empresas aparentemente envolvidas no suposto esquema de lavagem de dinheiro e inclusive fazendo repasses de dinheiro através de sua empresa, Lanza Tolentino & Associados”.

Conforme a denúncia, Tolentino agiu entre 2002 e 2005 e dizia que os altos valores que movimentava decorriam de sua atividade profissional. Para o juiz da 4ª Vara Federal Alexandre Buck Medrado Sampaio, “a versão do réu sobre a origem se choca e se desmonta com as perícias realizadas”.

A defesa do advogado ainda pode recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal negou pedido da defesa de Tolentino para que o Instituto Nacional de Criminalística complementasse informações requeridas pelo ministro Joaquim Barbosa sobre contrato celebrado entre a empresa do réu e o banco BMG. Ele é um dos 39 réus da ação penal que corre no Supremo.

Fonte: Agencia Brasil
DO BLOG: E os petistas ainda dizem qua não existiu mensalão.

Carlos Eduardo afinado com Henrique e confirmado no palanque de Lula

O candidato do PDT ao Governo do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Alves, está ‘afinado’ com o líder do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves. Juntos, os primos Alves tiveram uma reunião nesta quarta-feira (1) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na pauta, a composição política do palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado potiguar.

“Conversamos sobre política, sobre a campanha, sobre a visita do presidente Lula ao estado. O presidente vai ao Ceará no dia 10 e, provavelmente, dia 11 de setembro vai estar no RN, mas esta data ainda não está confirmada”, explicou o candidato, emendando que a composição do palanque do presidente será semelhante ao da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ou seja, o palanque de Lula inclui Carlos Eduardo.

Até agora, a coligação “Vitória do Povo” (PT-PSB-PTB-PPS), que tem o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) como candidato à reeleição, tem demonstrado querer “exclusividade” com Lula. A campanha de Iberê chegou a ingressar com uma ação para impedir que a coligação “Coragem pra Mudar”, de Carlos Eduardo, utilizasse a imagem e voz do presidente. Some-se a isso, declarações na imprensa em que candidatos do PSB afirmam que “o palanque de Lula no RN é do de Iberê”.

O deputado Henrique Alves apoia Iberê, mas está chateado com as declarações do candidato do PT ao Senado, Hugo Manso, contra o senador-primo Garibaldi Alves (PMDB), candidato à reeleição. Devido a esse episódio, o parlamentar passou a apoiar também Carlos Eduardo, restabelecendo contatos políticos com o ex-prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves, pai de Carlos.

Em meio a disputa para saber quem é o "dono" de Lula, Henrique dá provas de que tem trânsito livre no Palácio do Planalto. Resta saber se o deputado vai conseguir deixar Hugo Manso de fora do palanque do presidente, uma vez que afirmou não dividir mais o palanque com o petista candidato ao Senado.


Fonte: nominuto