quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cortando gastos

Está nas manchetes das folhas locais: O governo Rosalba corta gastos passando a faca no orçamento. Há dias que a notícia se repete. Corta aqui, corta acolá, tira da Educação, passa o bisturi na Saúde, corta na Segurança, zera na Cultura, raspa nas Obras (menos da Copa, quer dizer, da Arena), susta obras, adia licitações. Dizem que o governo limpou o cofre, o Estado está com a cuia na mão. Era só o que se falava na Festa de Santana, calçadas de Caicó.

Mas nenhuma notícia diz que o governo cortou as generosas verbas de sua propaganda. Ao contrário. A publicidade oficial permanece robustecida, insistente, repetitiva. Nunca antes na história do Rio Grande do Norte se viu coisa igual. Todos os dias, a toda hora, na televisão, já faz muito tempo, está lá, em cores, a fantástica propaganda do governo, mostrando um mundo irreal, mais do que surreal, mais do que “irrealismo” mágico. Na televisão e nos jornais, páginas duplas.

Se o governo quiser, ganha todos os prêmios de ficção nos concursos literários do país: Jabuti, Telecom, Governo de São Paulo, Machado de Assis. Nunca se produziu tanta ficção por estas aldeias. Derna de Luiz Carlos Wanderley (nosso primeiro romancista), com seu Mistérios de um homem rico, a Emanoel Barreto com Os crimes do Padre Heusz, lançado semana passada.

Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário