Cortez Pereira foi o primeiro governador eleito pela via indireta, no Rio Grande do Norte, pós-regime militar de 1974. Já fora senador no início dos anos 60.
Inteligente, culto, tinha uma visão de futuro para o Rio Grande do Norte, em meio a um cenário de intrigas e arengas radicais.
Perto de morrer em 2004, com quase 80 anos, recebe em sua casa (Natal) a visita de quatro mossoroenses: os professores Crispiniano Neto e Lúcio Ney; o cantador Concriz e o fotógrafo José Rodrigues.
O que seria apenas uma estada rápida, terminou se transformando numa longa e densa conversa com o ex-governador.
- Vocês são o melhor remédio que eu poderia ter - confessava, admitindo o isolamento e melancolia.
Sobre o poder, a lembrança do último aniversário ainda ocupando o Palácio Potengi (sede do governo) e o aniversário seguinte, fora dele.
No primeiro caso, uma multidão de "amigos", autoridades, servidores públicos etc. Já apeado da cadeira de governante, o retorno à realidade:
- "Ficamos eu e Aída (ex-primeira dama) tomando uma garrafa de vinho aqui em casa..."
E mais ninguém.
Nota do Blog - E ainda tem quem acredite que o poder é eterno.
Muitos têm dificuldade de entender que a louvação é ao cargo, à representação do poder, não a si.
Fonte: Blog Carlos Santos
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