sexta-feira, 7 de maio de 2010

Os poderes do Estado não se entendem até as eleições

Eu tenho dito aqui neste espaço: ou a gente cruza os braços e pára o Estado até as eleições de outubro, ou antecipamos as eleições para a próxima semana.

Desta forma, vamos resolver a vida de cada um dos postulantes a cargos eletivos, acabamos com a briga entre eles e voltamos à normalidade nas instituições.

Desde que a então governadora Wilma de Faria escolheu Iberê Ferreira de Souza como candidato do grupo de situação, a Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Robinson Faria, que postulava o Governo, vive em pé-de-guerra com o Executivo.

A votação do Orçamento 2010 foi tumultuada no final do ano passado. Já neste ano, a derrubada de vetos do Orçamento foi outra batalha. O projeto de mobilidade urbana para a Copa em Natal causou outra confusão. E agora a guerra está sendo travada em torno do remanejamento do já citado Orçamento estadual.

Tudo está sendo politizado entre deputados e membros do governo. Para a oposição, tudo surge como cheque em branco para ser usado por Iberê Ferreira no período eleitoral. Para o Governo, a bancada oposicionista, capitaneada por Robinson Faria, trava o desenvolvimento e o andamento da administração estadual.

O Judiciário é a novidade nesta guerra. O Tribunal de Justiça entrou com mandado de segurança contra o governador exigindo créditos do Poder. Iberê Ferreira diz que a culpa é da Assembleia Legislativa. E os deputados de oposição, maioria na Assembleia, acusam o governo de ter estourado o orçamento nos três primeiros meses do ano.

Ninguém se entende. É triste concluir que os três poderes do Estado brigam por dinheiro tendo como pano de fundo as eleições de 2010.

A guerra descamba para o lado pessoal. Eu estou vendo a hora acontecer o seguinte: o governador fica de um lado, o presidente da Assembleia do outro e o presidente do TJ no meio. O desembargador põe a mão entre os dois e diz assim: - Quem cuspir primeiro é macho!

O Judiciário cobra o que lhe é devido. Daqui a pouco, virão Ministério Público, Tribunal de Contas, servidores da saúde pública, policiais militares e civis, servidores do legislativo, etc., etc.

Será o caos.

Eu não acredito que nossos representantes políticos chegarão a tal ponto. Eles falam muito em responsabilidade com a sociedade, que vão defender os interesses maiores do Estado, da população. Mas isso parece ser conversa fiada.

Nós estamos assistindo uma guerra mesquinha onde imperam a vaidade e o ressentimento político.

Esse clima tem prejudicado o funcionamento do Estado, travado suas instituições e causado prejuízos à socieadade norte-rio-grandense.

O Governo tem de detalhar seus gastos, a Assembleia Legislativa tem de aprovar ou não os projetos que tramitam na casa e o Tribunal de Justiça tem de preservar o respeito e o cumprimento das leis.

É isso que o cidadão norte-rio-grandense espera de seus agentes políticos.

FONTE: Blog do Diógenes

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