O cajueiro é uma das mais importantes plantas
frutíferas tropicais dispersas por vários países do mundo. No Brasil, embora
seja encontrado em quase toda a zona tropical, adaptou-se melhor às condições
climáticas do litoral do Nordeste onde os estados do Ceará, Piauí e Rio Grande
do Norte são os maiores produtores com cerca de 95% da produção de castanha de
caju. Atualmente o plantio do cajueiro se espalha pela Serra do Mel, Oeste e na
Serra de Santana, uma região composta por sete municípios produtores, a maioria
dos pomares do estado é explorada de forma extrativista contando com idade
entre 40 a 50 anos, muitos em decadência e com população reduzida.
Segundo o pesquisador João Maria Pinheiro de Lima, Gerente da Produção Vegetal da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a maior parte da produção da Serra de Santana advém de áreas com plantas que apresentam heterogeneidade genética em função da semeadura direta por meio de sementes, manejo inadequado da cultura, ataque de pragas e doenças, irregularidade das chuvas e solos exauridos, de baixa fertilidade requerendo correção e adubação pelo menos orgânica.
Segundo o pesquisador João Maria Pinheiro de Lima, Gerente da Produção Vegetal da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a maior parte da produção da Serra de Santana advém de áreas com plantas que apresentam heterogeneidade genética em função da semeadura direta por meio de sementes, manejo inadequado da cultura, ataque de pragas e doenças, irregularidade das chuvas e solos exauridos, de baixa fertilidade requerendo correção e adubação pelo menos orgânica.
Tudo isso tem contribuído de forma efetiva no aparecimento de pomares com cerca de 60 a 70% de plantas atípicas pouco produtivas ou improdutivas, comprometendo a cadeia produtiva, e prejudicando o agronegócio do caju, o que leva alguns produtores a deduzirem que os mesmos não respondem as técnicas de cultivo, o que não verdade, e assim, deixam de utilizar e se apropriar das tecnologias geradas e adaptadas para a cultura..
Para João Maria Pinheiro, se avizinha uma oportunidade ímpar, “pois através de informações colhidas junto às associações de produtores estima-se que nestas duas cidades durante o período da estiagem foram cortados em média 60 cajueiros/dia, o que equivale a 30 caminhões, correspondendo assim, a 600 m³ de madeira, que comercializado a R$ 9,00 m3 dia. Com este fato concretizado, nem tudo está perdido, pois os troncos dos cajueiros que foram cortados estão neste momento vegetando normalmente, principalmente após este período chuvoso que está se encerrando, poderão ser enxertados utilizando-se da técnica de cultivo denominada de substituição de copas e assim, renovando-se todo o pomar com copas de cajueiro anão precoce de superior qualidade.
Estima-se que 30.000 cajueiros foram cortados na Serra de Santana nos últimos três anos. Em Lagoa Nova foram cortados 8.000 cajueiros e enxertados 500. Enquanto em Cerro Corá, dos 6.000 cajueiros cortados foram enxertados 1.500. Observando-se estes números, verifica-se que equivalem a 47% do total de cortes de cajueiros na Serra de Santana. Já se levando em consideração os cajueiros que foram cortados/enxertados, estes números representam aproximadamente 15%. Desta forma sugere o pesquisador, com a urgência que o problema exige, uma intervenção efetiva do poder público (estadual, municipal) em parceria com as associações de produtores, no sentido de implementar um programa arrojado de recuperação e implantação de pomares baseado na distribuição maciça de mudas de cajueiro.
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