Temos bolsões de excelência no serviço público e crescente melhoria em outros tantos. Mas em alguns outros, quase nada funciona. Por quê?
Entendo que a intervenção estatal pode dar respostas satisfatórias às demandas sociais. Basta ser cobrado, punir com rigor os maus servidores e incentivar quem queira ascender numa carreira baseada na qualificação, no interesse e em méritos, nunca no compadrio ou arranjo politiqueiro.
Na coisa pública, parece que a Saúde é ‘casa de mãe-joana’. Se não está satisfeito, peça para sair. Vaza! Inaceitável é maltratar o cidadão comum, que na prática lhe paga o salário.
No Hospital Materno-Infantil Maria Correia (Hospital da Mulher), em Mossoró, recentemente inaugurado, controlado por uma Oscip (organização civil que faz serviço público de forma terceirizada), tem médico e enfermeiro reclamando. Estão irascíveis porque são obrigados a trabalhar certinho. Não querem ser punidos por atrasos e outros desleixos.
Devem estranhar, porque no público muitos trabalham como bem entendem. Acham que não são empregados e que não possuem patrão. Se recebem uma punição, queixam-se ao chefe político e tudo é sanado em prejuízo à coisa pública.
Existe excelência no serviço público também sem Oscip, fundações, ONG´s etc. Polícia Federal, Advocacia Geral da União (AGU), Receita Federal, Previdência, Caixa Econômica (CEF), setor portuário e Correios (no passado) são exemplos de eficiência pública. A Petrobras é essa gigante transnacional que orgulha o Brasil, uma das maiores empresas do mundo, símbolo de eficiência.
O Banco Central virou paradigma, em meio à crise mundial no setor financeiro norte-americano e bancarrota europeia.
Onde há prioridade ao funcionamento técnico, os resultados têm aparecido. Onde a prioridade é politica, os resultados nós conhecemos.
As melhores universidades do país são públicas, vocês sabem? Vocês conhecem a excelência do Hospital Sara Kubistchek?
O público é viável.
O caminho do serviço público é a ‘meritocracia’, o planejamento estratégico, prêmio aos melhores e punição à escória. São alguns princípios da iniciativa privada que se fundem aos propósitos inequívocos do Estado do Bem-Estar Social, ou seja, o bem comum.
É-nos vendida a ideia de que tudo que é público é ruim, para que aceitemos a terceirização, ONGs, Oscips, fundações etc. como panaceias. Erro crasso que a propaganda dirigida espalha, tentando nos iludir com tal inverdade.
Há um monte de gente criticando o serviço público e uma multidão ainda maior querendo desembarcar nele. Que paradoxo, não? Risível.
Se o patrimônio é público, é nosso. Portanto, não permitamos que saqueadores, espertalhões e maus servidores destruam o que nos pertencem, facilitando a prosperidade de uns poucos.
O patrimônio público é nosso!
FONTE: CARLOS SANTOS
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